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Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos

O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS

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07/04/2009

Discussão de metas para ricos atrasa acordo para efeito estufa


Negociadores que atuam nas conversações das Nações Unidas sobre a mudança climática, que ganharam impulso com a promessa dos EUA de liderar a luta contra o aquecimento global, estão exigindo que as nações industrializadas se comprometam com cortes maiores na emissão de gases causadores do efeito estufa ao longo da próxima década.

Ambientalistas disseram nesta segunda-feira (6) que as conversações em Bonn, na Alemanha, avançaram muito pouco em duas questões: as metas de emissão de carbono a serem adotadas pelos países ricos e como levantar os US$ 100 bilhões anuais que, estima-se, serão necessários para ajudar os países pobres a se adaptar á mudança climática.

A rodada de negociações encerra-se nesta quarta-feira e será retomada em junho.

Mas os delegados de 175 países provavelmente decidirão incluir ainda mais sessões de negociação num calendário já superlotado, que culmina com a reunião prevista para dezembro em Copenhague, que deverá adotar um novo acordo para a mudança climática.

Os países em desenvolvimento querem que as nações industrializadas reduzam suas emissões de dióxido de carbono em pelo menos 40% sobre os níveis de 1990, até 2020. Alguns países acreditam que mesmo esse corte não eliminará a ameaça de elevação do nível do mar e mudanças trágicas no padrão do clima, afetando a produção agrícola e o suprimento de água, e pedem um corte de 45%, segundo um representante da Oxfam International, Antonio Hall.

Isso representa um acréscimo em relação à faixa adotada informalmente para dar base às negociações, de 25% a 40%. e que deixava margem para um acerto mais perto do valor mínimo.

Hall disse que um grupo de mais de1 30 países em desenvolvimento, liderado pela China, está "convergindo para o limite superior da faixa", uma taxa de redução que grupos ambientalistas consideram justa e factível.

O Greenpeace disse que os compromissos já assumidos pelos países ricos contemplam uma redução de, no máximo, 14% até 2020. Essa taxa "nem sequer chega perto do necessário para evitar uma mudança climática descontrolada", diz, em nota, o grupo.

O acordo de Copenhague deverá substituir o Protocolo de Kyoto de 1997, que impunha cortes de emissões de 5% a 37 países, até 2012. Os EUA recusaram-se a cumprir o tratado, que o governo Bush considerou injusto, por eximir economias em rápido ritmo de industrialização, como China e Índia, de obrigações. Já o presidente Barack Obama comprometeu-se a reverter a postura da administração anterior, envolvendo-se "com fervor" nas negociações.

Fonte: AmbienteJá/Estadão Online/AmbienteBrasil


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