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Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos

O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS

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07/04/2009

REDD pode derrubar os preços do mercado de carbono e comprometer combate ao aquecimento global, diz Greenpeace


Incluir medidas de proteção de florestas como os mecanismos de Redução de Emissões de Desmatamento e Degradação (REDD) nos mercados de carbono pode diminuir o preço dos créditos de carbono em mais de 75%, comprometendo os esforços de combate ao aquecimento global. A conclusão é do estudo "REDD and the effort to limit global warming to 2°C: Implications for including REDD credits in the international carbon market", lançado na última semana pelo Greenpeace Internacional.

Segundo o Greenpeace, o problema é que o preço da proteção das florestas é relativamente baixo e existe o risco de que incentivos para a proteção de florestas possam ser usados para diluir o valor dos créditos de carbono. Isso facilitaria a vida dos grandes poluidores, que precisariam comprar os créditos no mercado.

Com o preço dos créditos mais baixo, a quantidade de investimentos em energias limpas e renováveis teria uma redução significativa. "Incluir créditos de REDD no mercado de carbono iria reduzir os investimentos em tecnologia limpa nos países em desenvolvimento, como China, Índia e Brasil, já que existiria menor demanda por créditos gerados pelas políticas de redução de emissão em setores energéticos e industriais", diz o documento.

Segundo o documento, uma das melhores formas de evitar uma mudança climática catastrófica é estabelecer um mercado de carbono forte e estável, que gere os investimentos necessários em tecnologias limpas e energias renováveis. Caso o mecanismo REDD derrube os preços dos créditos de carbono, pode comprometer o mecanismo e atrasar o combate ao aquecimento global.

Recomendações

Segundo o Greenpeace Internacional, para ter sucesso o mecanismo REDD não pode estar incluso no mercado de carbono. A organização, entretanto, acredita na necessidade de se ter um mecanismo para a redução de emissões de desmatamento e faz algumas recomendações.

Uma delas é eliminar as emissões de desmatamento até 2020, e atingir o "Desmatamento Zero" em áreas prioritárias, entre elas a floresta amazônica. O relatório também ressalta a necessidade de respeito aos direitos indígenas e à biodiversidade.

Veja o relatório "REDD and the effort to limit global warming to 2°C: Implications for including REDD credits in the international carbon market".

Por: Bruno Calixto
Fonte: AmbienteJá/Amazonia.org


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