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Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos

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10/04/2009

Fazendeiro do caso Dorothy volta a ser preso no Pará


Bida teve absolvição anulada pela Justiça na terça

Um dia depois de a Justiça anular o júri que o absolveu da acusação de mandar matar a missionária Dorothy Stang, o fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, foi preso na noite de anteontem. Ele estava em uma fazenda da família, em Pacajá (PA), e foi levado para a penitenciária de Altamira, onde está em uma cela comum.

A ordem de prisão foi dada pelo Tribunal de Justiça do Pará, que considerou inválido o julgamento de maio de 2008, quando Bida foi solto, e mandou marcar seu terceiro júri.

Os desembargadores consideraram que a principal prova a favor do fazendeiro foi incluída no processo de maneira irregular, pois havia sido produzida sem autorização judicial, o que impediu o Ministério Público de contestá-la. A prova é um vídeo de outubro de 2006, no qual Amair Feijoli da Cunha, o Tato, acusado de ser o intermediário e já condenado a 17 anos de prisão, diz que o crime, ocorrido em fevereiro de 2005, não foi ordenado por ninguém.

A versão contrariou vários depoimentos dados por ele. No primeiro júri de Bida, em maio de 2007, quando o vídeo não foi usado pela defesa, o fazendeiro foi sentenciado a 30 anos.

Logo após a absolvição, em 2008, um radialista e um diretor de televisão que haviam trabalhado no vídeo afirmaram à Folha que houve participação de Jânio Siqueira -então advogado de Bida e hoje defensor de outro acusado de mando, Regivaldo Pereira Galvão, o Taradão- na pré-produção do filme. Regivaldo aguarda julgamento em liberdade.

O vídeo foi gravado em outubro de 2006, dentro da prisão onde Tato estava.

A entrevista foi conduzida por Edgar Marinho Ferreira, radialista conhecido em Belém (PA) como Big Pantera. Primeiro, por telefone, ele disse que "[o cliente] foi a defesa. Foi o doutor Jânio Siqueira".

Depois, em conversa gravada, afirmou ter havido uma "confusão" e que o cliente de fato era a RTP (Rede de Televisão Paraense), canal de televisão de Castanhal (PA) afiliada do SBT.

O diretor da RTP, Rogério Bulhões, disse à Folha que Siqueira foi consultado e indicou Tato para falar, "apenas isso".

Ele disse que a entrevista, editada, foi transmitida à época no telejornal que o canal tem no início da noite. Mas não falou por que não tentou dar mais visibilidade ao vídeo, dada sua importância.

Para a Promotoria, se a participação de Siqueira se confirmar, aumentam as suspeitas de que a gravação foi encenada.

Siqueira negou que tenha pago, ordenado ou intermediado a gravação. Eduardo Imbiriba, atual advogado de Bida, também negou que seu cliente tenha sido favorecido por um vídeo encenado.

Da agência da Folha, em Belém
Fonte: Manchetes Socioambientais/Folha de S. Paulo


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