Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos
O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS
16/04/2009
Aquecimento global aumenta percurso de aves migratórias, diz estudo
O aquecimento global deve ampliar as distâncias percorridas pelas aves migratórias entre a África e o norte da Europa, com consequências devastadoras para estas espécies, adverte um estudo britânico publicado nesta quarta-feira (15).
A distância percorrida por alguns pássaros migratórios em direção ao norte, em busca de alimentos e condições climáticas favoráveis, pode aumentar em até 400 km, destaca o estudo dirigido por Stephen Willis, da Universidade de Durham. Ele cita como exemplo o papa-amoras-comum (Sylvia communis).
O estudo, publicado no "Journal of Biogeography", analisou a migração de 17 espécies de garriças comuns na Europa.
Com a ajuda de modelos informáticos, os pesquisadores descobriram que as zonas de reprodução das garriças se deslocarão mais para o norte com o aquecimento global, enquanto suas regiões de invernação permanecerão no mesmo local, o que significa rotas de migração mais longas.
Ao menos 500 milhões de aves migratórias, algumas pesando apenas 9 gramas, percorrem milhares de quilômetros entre a África e a Europa a cada ano. Para suportar essas distâncias, algumas chegam a duplicar seu peso antes da partida, enquanto outras conseguem reduzir seus órgãos internos para consumir menos energia.
"Estas pequenas aves realizam viagens incríveis, chegando ao limite de sua resistência, e qualquer ampliação da distância as colocará em perigo", destaca um dos autores do estudo, Rhys Green.
Atualmente, algumas espécies de aves, como a toutinegra-de-barrete-negro (Sylvia atricapilla), já estão se adaptando e não migram mais, passando todos os invernos na Inglaterra, mas este comportamento é algo excepcional, destaca o estudo.
Fonte: Folha Online/Ambiente Brasil