Quem acompanha o debate sobre o aquecimento global pode até não acreditar que essa pequenina terra dividia em duas ilhas é gigante ambiental. No mapa a Nova Zelândia é de fato pequena, mas os números que ela apresenta merecem atenção.

O país anunciou que produzirá cerca de 9,6 milhões de toneladas a menos de dióxido de carbono e outros gases de feito estufa, em relação ao máximo previsto pelo Protocolo de Kyoto.

E os “kiwis”, como são carinhosamente conhecidos na Oceania, prometem mais. Para ajudar na luta contra o aquecimento global, o governo neozelandês espera apresentar em seu relatório de 2009 uma redução estimado em 21,7 milhões de toneladas em relação ao mesmo período de 2008.

“São boas as novas, mas precisamos de cautela nessas projeções”, disse o ministro para Assuntos de Mudanças Climáticas, Nick Smith, em seu pronunciamento.

Quase metade da produção de carbono na Nova Zelândia vem da agricultura. Para atingir os resultados o governo teve que conter o desmatamento e, consequentemente, a seca. “Somos sortudos que mais de 600,000 hectares (1,5 milhões de acres) foram reflorestados em 1990 e está crescendo com força, compensando as emissões do setor de energia e transporte”, relatou Nick Smith.

Já nos Estados Unidos…

Dizendo-se disposto a conduzir as negociações para um consenso em torno de metas antes da Conferencia do Clima, em Copenhague, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, recebeu hoje uma notícia ruim. A agência de proteção ambiental norte-americana anunciou hoje (15/4) um aumento de 1,4% nas emissões em relação ao ano de 2007.

O relatório também indica que a emissão de gases como dióxido de carbono e metano - responsáveis pelo aquecimento global - cresceu 17.2% entre 1990 e 2007. O aumento está relacionado diretamente ao consumo de combustíveis fósseis.

Segundo Nancy Sutley, porta-voz da Casa Branca para questões ambientais, a administração Obama está estudando a conta norte-americana em busca de alternativas e está aberta a propostas para chegar a um consenso sobre a redução das emissões antes de dezembro de 2009, quando acontecerá a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas.

Por:Letícia Freire
Fonte: CarbonoBrasil Mercado Ético