Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos
O Projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, coordenado pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde tem como meta fomentar o desenvolvimento de instrumentos regulatórios relacionados às mudanças climáticas nos países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, integrantes do Tratado de Cooperação Amazônica. LEIA MAIS
22/05/2009
China quer que países ricos cortem emissões em 40%
Os países ricos deveriam reduzir em pelo menos 40 por cento as suas emissões de gases do efeito estufa, disse a China na quinta-feira, antecipando sua postura nas negociações para o novo tratado climático da ONU a ser definido em dezembro em Copenhague. O futuro acordo deve estabelecer para os países ricos "metas quantificadas para reduzir drasticamente suas emissões", disse nota divulgada pela Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (www.ndrc.gov.cn), que é responsável pela política climática chinesa.
Os países desenvolvidos devem também destinar 0,5 a 1 por cento do seu PIB para ajudar outros países a enfrentarem o aquecimento global e reduzir suas emissões, diz o documento, que apresenta as reivindicações a serem levadas para a conferência da ONU em Copenhague. O documento ecoa um texto apresentado no mês passado ao órgão da ONU que trata de mudança climática (unfccc.int). Ele diz que o novo tratado deve "garantir que os países desenvolvidos que não ratificaram o Protocolo de Kyoto assumam compromissos compatíveis e comparáveis para as emissões". O trecho parece se destinar aos EUA, já que o ex-presidente George W. Bush retirou o país do Protocolo de Kyoto, citando entre outras razões o fato de que esse tratado climático não estabelecia metas de redução para a China e outros grandes países em desenvolvimento.
O novo documento chinês diz também que a China e outros países em desenvolvimento têm o direito de equilibrar o combate à mudança climática com a sua necessidade de se desenvolver. As emissões chinesas de dióxido de carbono, o principal dos gases do efeito estufa, devem continuar crescendo até 2035, disseram especialistas a um jornal estatal, defendendo gastos vultosos para criar uma economia com baixa emissão de carbono.
Especialistas do estatal Instituto de Pesquisas Energéticas disseram ao jornal China Daily que as emissões de dióxido de carbono podem atingir 5,5 bilhões de toneladas em 2010 e 8,8 bilhões de toneladas em 2035. Acredita-se que a China já seja o maior emissor mundial de CO2.
Por: Chris Buckley
Fonte: AmbienteJá/Reuters Brasil