Ainda sofrendo as consequências do acidente nuclear de 2011, a Província de Fukushima, no Japão, parece não estar disposta a correr o risco de que um desastre semelhante venha a se repetir. A região se comprometeu recentemente a garantir que toda a energia utilizada por seus dois milhões de habitantes tenha origem renovável até 2040.
Um dos primeiros passos nesse sentido foi a inauguração, em abril, do sistema fotovoltaico do aeroporto de Fukushima, com uma capacidade instalada de 1,2 MW. Ao todo, foram gastos US$ 3,9 milhões no projeto, sendo que os recursos vieram do poder público, da iniciativa privada e da própria população.
O governo de Fukushima ainda criou duas novas entidades para ajudar a estimular as fontes alternativas: o Centro de Desenvolvimento e Pesquisa de Energia Renovável de Fukushima e a Companhia de Energia de Fukushima. “Vamos transformar o que é hoje um cenário de desolação em uma área produtiva de energias renováveis. Ao investirmos nestas fontes, iremos promover o desenvolvimento econômico e criar os empregos que são necessários para o processo de recuperação e reconstrução da Província”, afirmou um comunicado do governo.
Fukushima já possui 22% de sua matriz renovável, e novos projetos para expandir esse percentual não param de aparecer. Entre eles, se destaca um sistema fotovoltaico de 26,2 MW que será construído em um campo de golf que atualmente é utilizado para estocar material radioativo retirado do que sobrou da usina nuclear.
Até 2016, o governo espera que Fukushima possua 805 MW em capacidade instalada de fontes alternativas.
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