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Notícias Ambientais
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Reportagens denunciam a matança de botos na Amazônia - 22 de Julho

No último domingo, dia 20, uma reportagem do programa Fantástico sobre a matança dos botos no Amazonas chamou a atenção dos telespectadores. A espécie vem sendo ameaçada pela pesca da piracatinga, peixe que se alimenta de animais mortos. Conhecido como urubu d’água, a piracatinga é atraída pelo gordura de botos e jacarés.

Em junho deste ano, a matéria “Pesca da piracatinga será suspensa no Brasil” de Vandré Fonseca para o site O Eco divulgou um dado do Instituto Piagaçu que revela que cerca de 2,5 mil botos são mortos por ano para servirem de isca nesta atividade. O peixe também pode ser atraído utilizando a gordura de outros animais, como o porco. No entanto, o emprego da carne de boto é mais viável economicamente para os pescadores ribeirinhos, já que sai de graça.

Ainda segundo a reportagem da Globo, a carne do boto rende até uma tonelada de piracatinga, que é vendida a um real o kilo para os frigoríficos. A quantidade do pescado comercializado não pode ser mensurado, porque boa parte é contrabandeada para a Colômbia.

Durante dois anos, o procurador da República em Manaus Rafael Rocha reuniu provas da matança de botos e jacarés como iscas. Na reportagem, Rocha afirmou que “não há efetivo suficiente para fiscalizar a matança de boto que acontece de forma muito difusa. Em cada igarapé, perto das comunidades ribeirinhas”.

Uma das formas de tentar coibir a atividade é através da proibição da pesca de piracatinga durante 5 anos até que uma alternativa seja encontrada. Para isso os ministros da Pesca e do Meio Ambiente, Eduardo Benedito Lopes e Izabella Teixeira assinaram uma moratória no dia 22 de maio deste ano.

Esta moratória só foi publicada no Diário Oficial da União na última sexta feira, dia 18. Segundo o ministro, o documento, que proíbe a pesca de piracatinga a partir do próximo 1º de janeiro, ainda não tinha sido aprovada para proteger a renda dos pescadores.

Confira a reportagem completa no portal do Fantástico

Acompanhe também as matérias já divulgadas no site O Eco

Fonte: Planeta Verde
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