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Notícias Ambientais
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Governo americano afirma que aquecimento global pode trazer ameaças imediatas à segurança do país - 27 de Outubro

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos divulgou, em junho deste ano, relatório que declara que as mudanças climáticas poderão ter efeito direto sobre a segurança nacional, aumentando o risco de ataques terroristas, epidemais infecciosas e falta de alimentos e água.

Conforme publicado em matéria do jornal The New York Times, em 13/10, o documento “2014 Climate Change Adaptation Roadmap”* afirma que as forças militares americanas terão que se adaptar ao aumento do nível dos oceanos e a ocorrência mais frequente de tempestades e secas.

Em visita ao Peru, onde em dezembro será realizada a 20ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, falou recentemente sobre outros problemas que surgirão devido ao aquecimento global. “O derretimento das geleiras afetará o abastecimento de água em várias regiões do nosso hemisfério”, alertou. “Instabilidades econômicas e políticas podem surgir como consequência de destruição de furacões e secas e estiagens podem gerar massivas ondas de migração”.

Até então, a adaptação dos militares americanos às mudanças do clima era focada em preparar suas bases e instalações costeiras para se proteger, por exemplo, de inundações. Agora – com o relatório – fica claro que o governo americano encara o aquecimento global como um grande risco para sua segurança e o assunto deve fazer parte de estratégia de ação imediata para este setor.

Um dos temores é que em regiões como a África e o Oriente Médio, a falta de água e alimentos possa ser gatilho para revoltas civis e o crescimento oportunista de organizações terroristas, como é o caso do Estado Islâmico, no Iraque.

O documento publicado pelo Pentágono pode ter papel importante durante os debates sobre o novo acordo climático global, a ser definido no ano que vem, em Paris, e que terá um primeiro rascunho delineado em Lima, em dezembro.

O discurso de Chuck Hagel pode ser encarado como um indicador de que o governo americano estará empenhado em fechar um acordo firme e que realmente obrigue os países a reduzir suas emissões de carbono.

Fonte: Suzana Camargo/ Planeta Sustentável
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