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Notícias Ambientais
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Somos todos vulneráveis - 07 de Novembro

Os impactos observados da mudança climática são cientificamente mais bem compreendidos quando associados a aspectos da natureza, como mudança de temperatura, nível de precipitação, derretimento de geleiras ou perda de algumas espécies. Quando se passa para os impactos que as populações em regiões mais atingidas pelas mudanças climáticas sofrerão, o nível de segurança científica se reduz.

Isto se dá não apenas por ainda se ter pouca informação histórica a respeito deste tipo de consequência, de tal forma que permita se fazer uma correlação com aumento de concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, como também muitos destes impactos são de difícil mensuração.

Porém, ao participar da última reunião do IPCC, em Copenhague, onde foi aprovado o relatório síntese, percebi que somos todos vulneráveis e o que aparece muitas vezes como nível de nossa vulnerabilidade é a capacidade de argumentação da delegação que nos representa.

No caso dos países exportadores de petróleo, com delegações combativas e dedicadas, o argumento usado para comprovar a vulnerabilidade de seus países é por conta da dependência que suas economias têm do petróleo que exploram. Faz sentido, pois no momento que se reduzir a demanda por petróleo até se atingir a meta de retirá-lo completamente da matriz energética mundial em 2100, esses países deverão buscar outras atividades econômicas para se sustentarem. São, portanto, vulneráveis.

No caso dos países emergentes, suas delegações igualmente competentes, argumentam que, para alcançar o desenvolvimento sustentável, será necessário aumentar a produção industrial, agricultura, consumo de energia, ou seja, não há como aceitar nenhuma medida que possa prejudicar este objetivo principal. Faz sentido, pois não se pode comprometer o desenvolvimento. São países com vulnerabilidade econômica e social.

Apesar de não ser explícito, os países ricos que têm mais capacidade de se adaptar à mudança climática, se ressentem mais em relação a segurança, já que um mundo com desigualdade ainda mais acentuada os tornam muito mais vulneráveis.

Há ainda aqueles países que nem precisam que suas delegações se pronunciem pois não há dúvidas sobre suas enormes vulnerabilidades econômicas, sociais, ambientais, institucionais, entre todas as outras. O que estes países mais necessitam são medidas de adaptação imediata, pois correm o risco de não existirem mais em 2100.

Enfim, somos todos vulneráveis!

Fonte: Suzana Kahn/ Planeta Sustentável
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