Uma pane no sistema da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) produziu um grave acidente ambiental em Fernando de Noronha. Na quarta-feira da semana passada (18), uma falha mecânica nas bombas causou o vazamento de esgoto bruto na Praia do Cachorro, uma das mais famosas do arquipélago e pertencente à Área de Preservação Ambiental Fernando de Noronha, Rocas - São Pedro e São Paulo.
Até o momento, o vazamento não foi estancado, embora a Compesa tenha tentado, na sexta e no sábado, trocar as bombas defeituosas. Não deu certo, pois as bombas reservas também apresentaram problemas.
Devido a isto, segunda-feira, o ICMBio decidiu multar a Companhia em R$600 mil por crime ambiental. A Polícia Federal também está investigando o caso.
Em nota, a Compesa afirma que resolverá o problema até esta quarta-feira (25) e que entrará em contato com o ICMBio para esclarecer os fatos ocorridos.
"As dificuldades na Ilha já começam por sua situação geográfica. Tivemos que transportar as bombas para o Recife por via aérea com o objetivo de realizar as manutenções. Além disso, nossos equipamentos sofrem com a forte maresia e as variações de tensão que são muito frequentes", justifica Fernando Lôbo, Diretor Metropolitano da Compesa.
Ainda de acordo com a nota, a empresa fará a despoluição do trecho.
O arquipélago de Fernando de Noronha é formado por 21 ilhas, ilhotas e rochedos. A maior delas virou território do Parque Nacional Fernando de Noronha, sob responsabilidade do ICMBio. Já a APA Fernando de Noronha, Rocas - São Pedro e São Paulo, que como o nome acusa, engloba os arquipélagos de São Pedro e São Paulo e de Fernando de Noronha (Distrito Estadual de Fernando de Noronha - PE).
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