O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) multou a fábrica de lubrificantes Cosan, situada na Ilha do Governador, em R$ 35 milhões pelo lançamento de efluente nove vezes acima dos limites estabelecidos pela Legislação Ambiental na Baía de Guanabara. A empresa já havia sido multada em 2013 e autuada no ano passado pelo mesmo problema.
Técnicos do Inea estiveram na Ilha do Governador, onde fica a empresa, e coletaram amostras de água na saída do efluente da fábrica. Os testes constataram que os níveis de toxicidade estavam acima dos limites permitidos pela legislação ambiental. A vistoria mobilizou oito pessoas entre biólogos, engenheiros e químicos.
O teste de toxicidade é realizado com organismos vivos, normalmente peixes, e pode ser considerado um dos testes que avaliam o efeito do efluente sobre a biota (aos animais).
Além da multa, a fábrica teve a saída de seu efluente lacrada pelos técnicos do Inea até que os níveis de lançamento estejam de acordo com os limites estabelecidos pela lei. A empresa terá de encaminhar ao Inea um relatório completo, justificando o que causou o aumento da toxicidade do efluente e quais ações serão tomadas para correção.
De acordo com o secretário estadual do Ambiente, André Corrêa, a empresa é reincidente. Por isso recebeu a multa máxima permitida pela legislação:
“Em outubro de 2014, a fábrica foi orientada a suspender o lançamento do efluente e não cumpriu. Será multada em R$ 35 milhões”, acrescentou o secretário.
A fábrica poderá recorrer da decisão. O pagamento deverá ser feito após o indeferimento dos recursos.
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