A capital chinesa Pequim arrecadou 100 milhões de yuan (13,85 milhões de euros) em multas aplicadas por violação das normas ambientais nos primeiros nove meses do ano, quase o dobro do mesmo período do ano passado, informou nesta terça-feira, 13 de outubro, a agência oficial de notícias Xinhua.
De janeiro a setembro, as autoridades de Pequim investigaram 2.492 casos envolvendo poluição da água e do ar e projetos de construção que não cumpriram as normas.
Neste mês, a China adotou taxas para as empresas emissoras de compostos orgânicos voláteis, responsáveis pela formação de PM2.5, as partículas suspensas inaláveis usadas como principal indicador para avaliar a poluição atmosférica.
Fabricantes de móveis e empresas dos setores de petroquímica, de automóveis e eletrônicos foram as mais afetadas, com multas que variam entre 10 e o 40 yuan (1,40 euros e 5,5 euros, respectivamente) por quilo de matéria descarregada.
Superiores ao tratamento
"As multas são superiores aos custos que as empresas teriam se tratassem devidamente as suas emissões e, por isso, deverão levar à adoção de práticas limpas", acrescentou a Xinhua.
A poluição é uma das principais fontes de insatisfação popular na China.
Em Pequim, onde vivem cerca de 21,5 milhões de pessoas, a qualidade do ar está muitas vezes acima dos limites recomendados pela Organização Mundial da Saúde.
"Vamos declarar guerra à poluição e iremos combatê-la com a mesma determinação com que lutamos contra a pobreza", anunciou o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, no primeiro relatório que apresentou à Assembleia Nacional Popular (Parlamento), em março do ano passado.
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