O acordo de logística reversa de embalagens, que pretende formalizar o processo de reciclagem de embalagens dos mais diversos produtos, foi assinado na quarta-feira, 25 de novembro, pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e entidades setoriais.
A primeira meta, de recolher 22% a mais de embalagens do que já são recolhidas atualmente, será avaliado em dois anos. “Vamos rever depois para, com o tempo, chegarmos a 100%”, disse a ministra à Agência Brasil.
Com o acordo, os empresários signatários vão ter que tirar do mercado as embalagens dos produtos que colocaram à venda e encaminhar para a reciclagem. Ao todo, 20 associações, representantes dos mais diversos setores, como alumínio, alimentos, cosméticos e bebidas e também de catadores, assinaram o documento, que demorou quatro anos para ser concluído.
"Falta muita coisa, mas não é trivial convergir setores produtivos, cada um com seus interesses”, disse Izabella Teixeira, acrescentando que o ponto mais importante do pacto é a formalização da cadeia produtiva de reciclagem.
Capacitação de cooperativas
Segundo o presidente da associação Compromisso Empresarial para Reciclagem, Victor Bicca, no Brasil 65% das embalagens colocadas no mercado são recicladas. “Em alguns casos, como no das latas de alumínio, somos campeões mundiais de reciclagem, com aproveitamento de 98%”, disse. “A gente vai desenvolver projetos, capacitando as cooperativas e tornando-as cada vez mais aptas para fazerem a coleta em parceria com municípios ou outros parceiros”.
O empresário enfatizou que as empresas signatárias agora têm o compromisso de comprar todo o material reciclado que for ofertado pelas cooperativas.
O acordo está previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos, de 2010. Assim como este, já foram assinadas parcerias nos setores de agrotóxicos e óleo mineral. Ainda estão em fase de elaboração acordos na área de medicamentos e de eletroeletrônicos.
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