O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) multou em R$ 6,6 milhões a empresa Gás Verde, que administra o aterro de Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, por vazamentos de chorume com substâncias tóxicas na Baía de Guanabara e no Rio Sarapuí. Foram pelo menos seis vazamentos. A denúncia partiu de pescadores da colônia Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, que verificaram a redução da população de caranguejos.
Já a Ciclus, empresa responsável pelo Centro de Tratamento de Resíduos de Seropédica, foi multada pelo Inea em R$ 5,7 milhões. No fim de semana, 150 mil litros de chorume vazaram para um córrego.
Na terça-feira (23), agentes da Polícia Civil entraram no aterro de Gramacho, no fim da tarde para fazer uma perícia. Com as fortes chuvas, a lagoa de chorume que contém substâncias tóxicas transbordou e se misturou ao chorume tratado pela empresa Gás Verde.
“Há um canal para conduzir o chorume tratado e, na verdade, o chorume terá sendo direcionado bruto para esse braço morto do Rio Sarapuí, alcançando a Baía de Guanabara”, explicou Elaine Noce, coordenadora-geral de Fiscalização do Inea.
Na segunda-feira (22), a prefeitura de Seropédica notificiou a segunda-feira (22) a empresa responsável pela Central de Tratamento de Resíduos instalada na cidade. Após a chuva do domingo (21) houve vazamento de chorume, líquido que sai do lixo, para um córrego e para o reservatório subterrâneo de água. O Aquífero Piranema pode ter sido contaminado com o vazamento.
O reservatório de água tem capacidade para abastecer a população do Rio durante um mês se for necessário. Ele fica localizado a 180 metros de profundidade, entre o oeste do Rio e os municípios de Queimados, Japeri, Seropédica e Itaguaí.
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