A ‘nova agenda urbana’ deve ser considerada no desenho, implementação, monitoramento e avaliação de programas e projetos em áreas urbanas, disse a consultora da ONU-Habitat Carolina Guimarães no início deste mês em São Paulo durante o evento “A Construção de um Futuro Equitativo – Uma Estratégia para Cidades Habitáveis”.
Prevista para ser lançada na Habitat III – Conferência das Nações Unidas para a Habitação e o Desenvolvimento Urbano Sustentável, em Quito, entre 17 e 20 de outubro -, a nova agenda urbana envolve propostas de novas regulações para projetos urbanos e novos mecanismos de financiamento municipal.
Entre as questões que serão repensadas estão incluir a urbanização em todos os níveis de decisão, com políticas mais adequadas que pensem o processo além do espaço físico; integrar a igualdade na agenda de desenvolvimento; fomentar o planejamento urbano nacional; entre outros pontos.
“Como agência especializada no desenvolvimento urbano sustentável, a ONU-HABITAT continuará seu trabalho de investigação e desenvolvimento de capacidades, como também apoiará tecnicamente os diferentes níveis do setor público, facilitando assim um trabalho intersetorial e multitemático”, declarou a consultora da ONU-Habitat.
Organizado pela Habitat para a Humanidade, o evento reuniu cerca de 60 participantes de diversos setores da sociedade civil.
Segundo a especialista, América Latina e Caribe têm muitas experiências a trocar sobre o tema, já que a região é considerada laboratório urbano para outras áreas do planeta.
Na opinião de Guimarães, “é importante para a ONU-Habitat fomentar o trabalho em rede e empoderar os vários atores da região com diversos temas”. “A identificação de melhores práticas, sua sistematização e posterior transferência, adicionam valor à implementação dessa agenda”, declarou.
“Cidades que tomaram a liderança e encontraram soluções com a participação de vários atores têm muito a ensinar na região em relação a um desenvolvimento mais inclusivo, integrado, conectado e compacto”, concluiu.
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