O governo da cidade de Buenos Aires anunciou nesta quinta-feira o fechamento do zoológico da capital argentina, que funcionava desde 1875 em Palermo, devido ao "estado" das instalações onde os animais vivem e revelou que o local se tornará um eco parque que promoverá a educação ambiental.
"Acreditamos que não dá mais para termos animais neste estado", disse o chefe do governo da cidade, Horacio Rodríguez Larreta, em entrevista coletiva para informar sobre o encerramento das atividades do zoo.
Ele negou que exista a possibilidade de usar o espaço de 18 hectares, em um dos bairros mais nobres da cidade, para um empreendimento imobiliário, já que o eco parque estará inserido dentro do "caminho de inovação" que transita a cidade em relação ao seu entorno.
"Hoje, apontamos a uma sociedade que valoriza a sustentabilidade, que prioriza o meio ambiente e este espaço não é a melhor maneira", disse ele.
O zoológico permanecerá fechado até 18 de julho, quando reabrirá como eco parque e investirá o dinheiro dos ingressos para transformar o espaço e transferir os 2.400 animais que lá vivem para outro local, segundo a agência estatal "Télam". A nova moradia ainda não foi definida, mas a previsão é de que eles sejam levados, inicialmente, para a reserva natural que a cidade possui.
"Estamos falando também com outras reservas do país e do exterior e com santuários nacionais e internacionais", disse o ministro de Modernização, Inovação Tecnologia, Andy Freire, destacando que 11 animais terão prioridade na transferência por conta de seu estado crítico.
Desta maneira, a gestão do lugar, que desde 1991 estava nas mãos da concessionária Jardín Zoológico de Buenos Aires S.A, passa a ser assumida pelo governo da cidade.
A polêmica pelas condições nas quais vivem os animais no zoológico da capital argentina cresceu no final de 2014, quando a Associação de Funcionários e Advogados pelos Direitos dos Animais (Afada) conseguiu que a Justiça admitisse um "habeas corpus" que reconhecesse os direitos da orangotango Sandra como "sujeito não humano".
A Afada a considerava "privada ilegalmente de liberdade" e pediu sua libertação do espaço. Além disso, em outubro de 2015, um filhote de girafa de duas semanas morreu no zoológico por conta de sérias deficiências de nutrição que a equipe veterinária não conseguiu resolver.
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