O presidente em exercício, Michel Temer, adiou para 12 de setembro a cerimônia de ratificação do Acordo de Paris. O evento havia sido marcado pelo governo para as 16h desta segunda-feira (29) e, até o meio-dia deste domingo, ainda constava na agenda oficial do presidente.
Com o adiamento, o Brasil provavelmente não será mais o primeiro grande emissor de gases de efeito estufa a ratificar o acordo do clima. As adesões de China e EUA são esperadas para a primeira semana de setembro.
A ratificação pelo Brasil ocorreria no mesmo dia em que a presidente afastada, Dilma Rousseff, será ouvida no Senado. A decisão final do Senado sobre o mandato de Dilma deve ser conhecida já no meio da semana, mas Temer viaja para a China na sequência para a cúpula do G20, dias 4 e 5. A semana seguinte é a do feriado de Independência.
“Embora o contexto político do Brasil seja realmente delicado, o adiamento da ratificação é preocupante, pois mais uma vez a agenda de clima, que deveria ser absolutamente prioritária para o Estado brasileiro, fica refém da conjuntura”, disse Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima. “Crise por crise, a climática é muito mais grave e pesará muito mais no futuro de todos.”
Confirá a notícia na página do Observatório do Clima